Sociedade nos negócios: como escolher o parceiro certo (e evitar dores de cabeça)
- Adriano Oliveira

- 1 de abr.
- 2 min de leitura
Empreender sozinho pode ser solitário. Por isso, muitos escolhem começar com um sócio — alguém para dividir ideias, responsabilidades, investimentos e decisões. Parece uma ótima ideia, certo? E pode ser mesmo. Mas escolher mal um sócio é um dos principais motivos de falência entre empresas nascentes.
A sociedade é quase como um casamento. Envolve confiança, afinidade, alinhamento de valores e objetivos. E, como em qualquer relacionamento, também envolve conflito, expectativas e, às vezes, separações difíceis.
⚠️ O erro? Escolher sócio por afinidade pessoal, e não por complementariedade estratégica.
🧭 Alinhar antes de assinar
Antes de qualquer contrato, é preciso conversar — e muito. Falar sobre:
– Propósito e visão de longo prazo– Nível de dedicação e tempo disponível– Expectativas financeiras– Tolerância a riscos– Valores pessoais e profissionais
💬 A grande pergunta: vocês querem construir o mesmo tipo de empresa?
Se um quer crescer rápido e vender para um investidor, e o outro quer um negócio estável e familiar, isso vai virar um problema — mais cedo do que se imagina.
🧩 Sócios precisam ser complementares
Uma boa sociedade não é feita de pessoas iguais. É feita de habilidades que se completam. Um pode ser excelente em vendas e o outro em operação. Um tem contatos estratégicos e o outro entende de finanças. Juntos, o todo se torna mais forte do que a soma das partes.
Se todos fazem a mesma coisa, sobra disputa e falta cobertura em áreas essenciais. Pense em sócios como peças de um quebra-cabeça, e não como espelhos uns dos outros.
📜 Formalize tudo (sem exceção)
Mesmo que a amizade seja antiga. Mesmo que a confiança seja alta. Um contrato de sociedade bem-feito protege o negócio e o relacionamento pessoal.
Ele deve conter:
– Percentual de cada sócio– Responsabilidades e funções– Regras de retirada e entrada de novos sócios– Condições de saída (por vontade própria ou por quebra de acordo)– Divisão de lucros e decisões estratégicas
⚖️ Combinado não sai caro — e precisa estar no papel.
🚨 Sinais de alerta em uma sociedade
– Um sócio que some nos momentos difíceis– Falta de clareza sobre papéis– Expectativas diferentes de retorno– Falta de diálogo e tomada de decisão travada– Ausência de comprometimento com o negócio
Esses sinais não devem ser ignorados. Uma sociedade que começa com ruídos termina, muitas vezes, em litígio ou fechamento da empresa.
💡 E se eu quiser empreender sozinho?
Tudo bem também! Muitos negócios começam com um fundador só, e crescem com parceiros estratégicos, colaboradores e consultorias. O importante é saber onde você precisa de ajuda — e como essa ajuda será contratada, seja como sócio ou prestador de serviço.
📌 Ter sócio é uma decisão estratégica. Não uma regra.
Empreender em sociedade pode ser um grande diferencial. Mas, para isso, precisa de conversa sincera, contrato bem feito e alinhamento de visão. A melhor hora para prevenir um problema é antes dele acontecer.
🤝 Sócio bom é aquele que te impulsiona, te complementa e está junto para crescer — não só para dividir riscos, mas para multiplicar resultados.





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